sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

[FANFIC] DEAD MEMORIES – CAPÍTULO 09

A verdadeira história de Gomes será revelada. Como se iniciou o holocausto zumbi será dito. O pesadelo de Gomes será explicado. Muitas emoções aguardam os sobreviventes. O possível final desta batalha pela sobrevivência estará realmente chegando.


 Trinta e um de dezembro de 2010, Canoas, Rio Grande do Sul

Havia amanhecido. Acordei e mesmo sonolento fui à janela como fazia todos os dias. Apreciava muito aqueles amanheceres. Fui até o banheiro que ficava ao lado do meu quarto e lavei meu rosto, na imagem do meu rosto refletido no espelho via um garoto moreno, olhos castanhos, cabelo de cor castanho-claro e um cabelo desajeitado. Um garoto sem medo de batalhar por seus sonhos.

Ao descer de meu quarto pela escada em caracol rumo à sala a cozinha lembrei que hoje era dia 31 de dezembro, uma sexta-feira pra ser mais exato. Chegando a cozinha encontro meu pai assistindo TV enquanto minha mãe preparava seu chimarrão. Meu pai é o delegado do 13° distrito policial (13° DP), se chama Paulo e minha mãe uma dona de casa que se chama Maria. Após tomar meu café junto aos meus pais sigo até a igreja para o preparo da celebração de domingo. Decidi após o incidente na Amazônia no qual fiquei dois anos em coma. 
Nada me tirava da cabeça que eu e todo o batalhão especial do comando kamikaze (BECK) havíamos sido vitimas de uma emboscada. Afinal buscávamos apreender mais de 5 toneladas de drogas desde maconha até crack. Meu passado não era dos melhores tinha feito muita besteira na vida como roubar carros o que acabou me levando a FASE antiga FEBEM. Meu pai havia me castigado por meus crimes e não moveu um dedo para me ajudar, ele estava certo o que eu tinha feito era errado e merecia pagar pelos meus erros. Foi quando tive a chance de me redimir. Por ser filho de um delegado tinha me recrutado para o exército. Só obedecia a duas pessoas. O primeiro sargento Guilherme Fabregas e o segundo era o meu tio, irmão de meu pai, seu nome era Fabio de Souza Gomes. Acho que foi por isso que os soldados me chamavam de Gomes. Meu tio era um homem frio, arrogante, prepotente, mesquinho e parecia não ter nenhum sentimento bom em seu coração. Especialista em torturas e fugas se tornou segundo sargento após ter destruído um cartel de drogas na Colômbia. Pensava ainda nos gritos desesperados de meu batalhão. Cada um deles foi alvejado por tiros ou estilhaçado por uma granada. Dei muita sorte em escapar vivo dessa missão. Fiz o que pude para ajudar meus amigos naquela noite, mas eles continuavam morrendo um após o outro. De repente fui cercado de um lado, tentei fugir, pois já não possuía munição quando tropecei em um tronco e cai em um barranco. Cai rumo há uma nascente havia um corte na cabeça, provavelmente a alguma pancada durante a queda. Estava inconsciente quando fui salvo por um padre que pregava a palavra de Deus em uma tribo indígena. Para minha sorte ele também era médico e cuidou dos meus ferimentos. Assim que fui deslocado até a capital fui levado a um hospital onde permaneci em coma por quase dois anos. Meu pai estava muito preocupado. Disse a minha mãe que não poderia mais confiar em ninguém e que seria melhor que sumíssemos por um tempo, pelo menos até ele descobrir o que tinha acontecido. Minha mãe ficou cada dia de meu coma ao meu lado tomando conta de mim. Enquanto meu pai não media esforços para descobrir quem tinha feito aquilo comigo. O remorso ainda lhe abatia, afinal ele que havia me deixado ficar na FASE, embora também não soubesse de meu recrutamento.

Agora estava indo a igreja, ansioso pela virada de ano. Quando cheguei à igreja vi que estava vazia. Fui em direção ao altar quando me deparei com uma cena surreal. O coroinha que ajudava o padre local nas celebrações havia erguido o padre pelo pescoço. Os olhos do coroinha estavam vermelhos, seus dentes estavam pontiagudos parecendo com dentes de tubarões e havia veias saltadas pelo rosto, fora a porca sobrenatural que fazia o erguer o padre que tinha o dobro de seu peso. Grito para ele:

- Pare com isso Davi. Solte-o agora.

Após o coroinha chamado Davi quebrar o pescoço do padre Bento uma voz rouca e aguda com um sotaque diferente de todos que já havia escutado me responde.

- Davi?! Você fala dessa carcaça. Hahaha… Está carcaça a qual chama de David está tendo sua vingança, afinal este padre o abusava todos os dias.

- Não pode ser.

Olho assustado, sem reação nenhuma diante do que estava acontecendo.

- O que é você? O que está acontecendo? Por que, por que está fazendo isso?

- Hahaha… Quantas perguntas jovem insolente veja seu tom de voz antes de falar com alguém mais velho, já que eu tenho mil e oitocentos anos de idade hahaha…

- O que eu sou? Você já ouviu falar em demônios? Sim. Eu sou um deles o mais forte pra falar a verdade. Meu nome é Darkael ex-soldado do exército de Deus liderado por Miguel. O que está acontecendo? Simples minha criança, é o famoso apocalipse huhuhuhuhummhahahaha… Nem preciso dizer o motivo, certo?! Ah vou dizer mesmo assim, parece que Deus abandonou seus amados humanos.

- Se existem os anjos como diz, por que não nos ajudam?

- Por que não passam de capachos e escravos de Deus. Garoto nós os demônios somos bonzinhos, só queremos acabar de destruir o mundo que o próprio homem nos ajudou a destruir, onde a violência é mais respeitada que a paz e a ambição é o real sonho dos humanos.

Ao terminar de falar essas besteiras gritos e explosões começam a ecoar do lado de fora da igreja.
Pergunto o que esta acontecendo ao demônio e ele me diz:

- Meus irmãos estão possuindo aqueles que prometeram suas almas ao nosso irmão mais talentoso Lúcifer. Seus familiares, amigos e vizinhos são agora demônios sedentos de sangue e morte. Mataram por prazer até o último ser humano ser estraçalhado. Vou me despedindo agora, porque tenho de ir para a África para passear um pouquinho hahahaha…

De repente o corpo de Davi explode espalhando seus órgãos por toda a igreja. Uma fumaça preta segue pelo teto da igreja até o lado de fora. Persigo a fumaça até o lado de fora quando meus olhos presenciam o dito impossível. Pessoas correndo atrás das outras, atirando umas nas outras e comendo outras, mastigando seus corpos e espalhando sangue por toda a parte, carros batendo, postes caindo, gritos e mais gritos surgindo de todos os lugares.

Corro pela rua mesmo infestada de demônios com o intuito de procurar e proteger meus pais. Chegando à rua de minha casa em meio ao apocalipse encontro minha mãe desmaiada no chão da rua e meu pai parado ao seu lado atirando contra o peito de meu tio Gomes que parece não estar sentindo os tiros que perfuravam seu peito se aproximando de meu pai quando toma a arma de meu pai e a joga fora. Meu pai ainda assustado olha para mim e grita “Fuja”. Quando me upai gritou para que eu fugisse meu tio Gomes enfiou seu braço dentro do peito meu pai e puxou o seu coração. Meu pai caiu na hora, com seu corpo banhado em sangue enquanto meu tio Gomes lambia seu coração acabou me vendo. Foi em minha direção. Eu fiquei parado em estado de choque. Minha mãe se acordava naquele momento, então gritou “Gomes” para que ele me deixasse em paz, mas aquele não era mais meu tio Gomes e sim apenas um homem de roupa preta, olhos vermelhos e pura ira mergulhada nas profundezas das trevas.

Naquela hora tentei me defender socando e chutando aquela criatura chamada Gomes, mas parecia não sentir nada, nem sequer uma expressãozinha de desconforto. A criatura que tomou meu tio pega em meu braço direito me olha nos olhos e diz:

- Desculpe a demora, mas a África é um pouco grande hahahaha…

Ao dizer estas palavras irônicas e sátiras, ele me joga pela janela da minha casa a qual caio no cão de meu quarto desacordado.

Naquele instante aparece um homem de capa branca…

Sete dias depois

Carlos, Everton e Gomes discutem.

- Pare com isso Carlos. Você está louco.

- Cale a boca Gomes ele foi infectado e não quer nos contar. Ele está mentindo.

- Eu não estou mentindo Carlos, nos conhecemos há tanto tempo e você não acredita em mim.

- Carlos abaixe a arma ou eu vou atirar em você. Aponto então minha arma sobre a cabeça de Carlos.

As perguntam ainda não tiveram todas às respostas.

Carlos mataria seu amigo? Onde estariam os outros? Estariam mortos ou vivos? Eu mataria Carlos? Fabregas estaria vivo? O que aconteceu com o demônio e quem era o homem vestido de branco? As dúvidas serão finalmente esclarecidas por completo.


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Autor: William Santos / @willsanttoos

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